ThiagoDamasceno: Crônica: 108 Minutos

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Crônica: 108 Minutos

108 Minutos

Por Thiago Damasceno

Saudações, caras amigas leitoras e caros amigos leitores que há quase três meses não leem nada deste aspirante a escritor!

            Pois é, sumi de novo – pra variar – mas isso não está relacionado a nenhuma abdução alienígena, sobrevivência a queda de avião numa ilha misteriosa ou sequer a uma viagem ao Tibete em busca de iluminação espiritual. Meu sumiço está diretamene relacionado à aprovação em primeiro lugar em um concurso público federal e à mudança de cidade e suas consequências. Foi tudo meio rápido e impactante, que nem a goleada dos germanos sobre nossa seleção canarinho.

No meio disso tudo, minha necessidade de exibição via Internet estava em baixa mas agora ela vem voltando (Polêmica!). E a necessidade de escrever estava me dando azia, pois precisava escrever pra digerir as mudanças e precisava digerir as mudanças pra escrever.

Vamos agora aos negócios...

Neste texto, quero falar sobre um tema que vem “perturbando o meu viver”, como diria qualquer canção romântica de pagode: os acasos e imprevistos da existência.

O tema parece bobo, mas um dia me dei conta de que por vezes podemos esquecer o quanto o acaso tem influências em nossos planos e rumos “traçados”. Pensamos em um projeto há curto, médio ou longo prazo e corremos atrás. Quando damos por nós, estamos em uma coisa totalmente diferente ou parecida. “Parecida” pra quem realmente mantém um ritmo constante no seu plano. Óbvio que nem tudo acontece como o planejado, mas eventos derivados do seguimento do plano e coisas imprevistas acontecem o tempo todo e mudam o rumo das coisas. E muitas vezes nem nos damos conta disso e nos adaptamos a nova realidade, às vezes nem tão esperada assim. É como se você tivesse a ideia de atravessar o Mar Vermelho a nado e depois de muitos acasos e imprevistos, acaba atravessando o Saara a pé.


Para visualizarmos melhor a coisa, melhor ir pra ficcção. Cito então o caso do personagem Desmond David Hume, do famoso seriado Lost, um dos meus preferidos. 


Desmond era um sujeito “comum”, sobrevivendo entre um emprego aqui e acolá até que se apaixonou por Penelópe Widmore, filha de um empresário milionário, e isso gerou o início da guinada de sua vida. Rejeitado pelo pai de Penelópe, e após uma conturbada convivência com a namorada, Desmond decide mostrar ao Sr. Widmore ser merecedor de sua filha, então parte para uma volta ao mundo em um veleiro, e sozinho.

Desmond treina, arruma um veleiro e vai na sua volta ao mundo. Acaba naufragando em uma tempestade e acorda numa ilha. Um homem misterioso o leva para uma escotilha no subsulo da selva. Lá, Desmond aprende que a ilha é misteriosa e que ele deve digitar um código em um computador anos 70 a cada 108 minutos. O código é 4 – 8 - 15 – 16 – 23 – 42. Se o código não for digitado, o mundo pode acabar.

No decorrer da trama parece que esse lance de fim do mundo é tudo besteira... Mas é um pouco de verdade. E como se tudo isso não bastasse, a consciência de Desmond ainda adquire a capacidade de viajar pelo tempo, tornando-o um cidadão mais e mais confuso.

Pois bem, a vida do pobre Desmond virou de cabeça pra baixo. Saiu completamente dos planos.

Até o próximo post!

4 – 8 – 15 -16 – 23 - 42

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