ThiagoDamasceno: Literatura: O Velho & O Mar (The Old Man And The Sea)

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Literatura: O Velho & O Mar (The Old Man And The Sea)


O Velho & O Mar

Por Thiago Damasceno

 “Era bom demais para ser verdade”.
(Santiago)

        Nas férias de Julho, o primeiro romance que li foi O Velho & O Mar, do escritor norte-americano Ernest Hemingway (1899-1961). Considerada sua obra-prima, O Velho & O Mar foi escrito em 1951 e publicado em 1952. Rendeu ao seu autor o prêmio Pulitzer em 1953 e um Nobel de Literatura em 1954. 


      
        Esse romance é contado por um narrador do tipo narrador em terceira pessoa onisciente ou narrador-observador onisciente. Esse tipo de narrador não participa da história, mas conhece todo o enredo e os pensamentos dos personagens. O Velho & O Mar conta a história de Santiago, um idoso pescador que mora numa pequena aldeia de Cuba. Santiago estava há 84 dias sem pegar nenhum peixe e um garoto chamado Manolin o ajudava, mas seus pais o obrigaram a ajudar outros pescadores devido à falta de sorte de Santiago. Mesmo assim, os dois amigos de idades bem diferentes acreditavam que a sorte ainda sorriria para Santiago, ou Velho, como Manolin o chamava. Ambos eram pobres, e se não fosse pelo Garoto, o Velho passaria muita necessidade. A relação deles se assemelha com a relação de um neto dedicado que cuida de um avô amoroso, e o esforço de Santiago para sobreviver pela pescaria pode ser vista como uma representação da luta do homem contra a natureza.
   
        No 85º dia Santiago parte para alto mar, onde quase nenhum pescador ia. Após algumas horas um peixe que aparenta ser de grande porte fisga suas iscas. Enfim, a sorte sorriu para o velho pescador. Porém, ele luta bastante para conseguir pescar o peixe, que mais tarde mostra ser um peixe-espada. O foco da obra é esse: o esforço do velho para pescar um grande peixe-espada. No decorrer do romance o desenrolar dos fatos chega a formar a famosa “história de pescador”. Contudo, deve-se lembrar que se pode considerar essa história como uma metáfora da vida. Como dito anteriormente, ela retrata a batalha do homem pequeno, cansado e limitado, contra a poderosa natureza, que representada pelo mar, não é boa nem má, apenas caprichosa, como uma mulher. O Velho define o mar assim, ao chamá-lo de la mar. Além disso, também é colocada em atenção a idéia da esperança que nunca abandona o homem. E é interessante observar que essa esperança é mais cultivada nos dois extremos da vida: a infância e a 3ª idade. Os demais membros da aldeia não acreditavam muito nas habilidades e sorte de Santiago. O fator sorte também é posto em questão aqui, mostrando o quão limitado os homens são, dependendo assim de sorte e azar, esses “acasos do destino”.

        O sucesso de O Velho & O Mar alcançou também o Cinema. O romance ganhou uma adaptação em 1958 batizada com o mesmo nome da obra literária, com direção de John Sturges e estrelando Spender Tracy. Vale a pena conferir o filme também. 
 



        O Velho & O Mar, de Hemingway: uma obra para ser sempre lida e jamais esquecida. 

AVISO:

        Para quem ainda não leu o livro, conclui no parágrafo anterior meus comentários sobre ele. Para quem leu a obra completa, no link abaixo se encontra o texto completo dos meus comentários. Ou seja, este texto, mais outros parágrafos com minhas reflexões sobre o final do livro. Minha intenção é comentar a obra toda e não estragar a surpresa de quem ainda não leu, deixando à sua escolha fazer o download do texto completo ou não. Quem quiser ler o livro motivado por este texto, poderá baixar depois o texto completo, pois todos os textos e arquivos postados aqui ficarão disponíveis para download por tempo indeterminado. Aviso novamente: Para quem ainda não leu o livro, conclui no parágrafo anterior meus comentários sobre ele. O link para baixar o texto completo está logo abaixo.


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