ThiagoDamasceno: Poemas: O Cemitério, O Espelho

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Poemas: O Cemitério, O Espelho

       
        Senhoras e senhores, amigos e inimigos, passageiros e leitores, apresento dois loucos  poemas de Luciano Noleto, meu conterrâneo, amigo e parceiro musical. Para ler mais poemas desse autor, acesse: http://www.textolivre.com.br/component/comprofiler/userprofile/lucianonoleto
Thiago Damasceno
Aprecie com moderação. Se for enlouquecer, poetize.
O Cemitério
Ninguém quer ir pra lá
Nem quer ouvir falar
Mas um dia a hora chega
e não tem como escapar

CEMITÉRIO
Casa dos mortos, oficina da morte
CEMITÉRIO
Fim da jornada, corpos decompostos

Não tem idade certa
Não tem hora certa
Se o momento chegou
Pra lá se vai descansar

CEMITÉRIO
Sete palmos de terra na cara
CEMITÉRIO
Do pó o homem veio, pra lá vai voltar

Fim para uns
Começo para outros
Será que há vida após a morte?
Ninguém voltou
para te avisar
A vida só Deus quem pode tirar

CEMITÉRIO
O corpo descansa, a alma passeia
CEMITÉRIO
Não pagou as dívidas?
Agora que não vai pagar.

Luciano Noleto
Espelho
De um ângulo diferente
tudo se divide
luz refratada
criança a brincar

o gordo se acha mais magro
a culpa é de quem?
a mulher se acha mais velha
a culpa é de quem?
alguém se acha mais idiota
a culpa é dele mesmo

Pela sua própria natureza
''humana'' feito do chão

Tudo fica maior
às vezes
tudo fica nítido
nem sempre


Ah se eu tivesse um espelho
colocaria na frente
de tudo que acontece
no mundo...

Luciano Noleto

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