Hoje terminei a leitura do romance "Tristessa", do autor beat estadunidense Jack Kerouac (1922-1969), mais conhecido pela obra "On The Road" ("Pé na Estrada").
"Tristessa" foi publicado pela primeira vez em 1960 e, assim como as outras obras de Kerouac, é autobiográfica, inspirada na paixão que o autor cultivou, em 1955, por uma prostituta mexicana chamada Esperanza.
No romance, o poeta Jack viaja à Cidade do México e se apaixona por Tristessa, uma prostituta viciada em morfina. Apesar disso, o poeta narra suas aventuras e sua paixão com muita delicadeza, carinho e afeto. Uma das marcas de Kerouac - além de sua rica prosa poética bastante musicalizada - é a glorificação que ele faz dos marginalizados da sociedade, dando voz e ouvidos a personalidades interessantes e surpreendentes.
Outros aspectos marcantes em "Tristessa" são os discursos religiosos, presentes de duas maneiras: na divinização de Tristessa - colocando-a como uma espécie de anja caída ou como uma santa em decadência - e na transmissão de ensinamentos budistas sobre a transitoriedade da existência e sobre os desejos humanos. Desses procedimentos vem minha frase preferida da obra: "[...] a beleza das coisas deve estar no fato de terminarem".
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