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Os
Sete
Tem
Gente Que Não Acredita em Vampiros...
Por Thiago Damasceno
Reúnam todo alho e estacas
possíveis porque os vampiros chegaram ao país! Em Os Sete,
o paulista André Vianco apresenta uma trama sombria, ágil e divertida em que
vampiros portugueses da Idade Média despertam em solo brasileiro infernizando a
vida de muitos em Amarração, Porto Alegre e Osasco.
Com criatividade, Vianco estabelece seu nome na fase
promissora da atual literatura fantástica brasileira, a qual ele foi um dos
pioneiros, senão o primeiro, na abertura do mercado para essa vertente. O
autor adapta com maestria o mito do vampiro à história luso-brasileira e ao
contexto nacional.
Trama
de Sombras e Sangue
“Nobres homens de bem, jamais ouseis
profanar este túmulo maldito. Aqui estão sepultados demônios viciados no mal e
aqui devem permanecer eternamente. Que o Santo Deus e o Santo Papa vos protejam”.
Esses são os dizeres encontrados numa das faces de uma
enorme caixa de prata. O insólito objeto foi encontrado em uma caravela
portuguesa do século XV adormecida no fundo do mar há dois quilômetros da costa
de Amarração, pequena cidade do litoral gaúcho.
Os amigos mergulhadores Tiago e César encontraram a velha
embarcação naufragada e venderam alguns objetos perdidos que encontraram lá,
como moedas de ouro e prata e ídolos, conseguindo um bom dinheiro. Intrigados
com a caixa de prata e dispostos em receber mais verba por ela, contataram a
velha amiga Eliana, estudante de História da Universidade Soares de Porto
Alegre (USPA).
A equipe da USPA, chefiada pelo professor e historiador
Delvecchio, retirou a caravela do fundo do mar e levou a sinistra caixa de
prata para análise em um laboratório improvisado num galpão na praia de
Amarração. Na superfície da caixa, além da advertência, encontraram sete nomes:
Lobo, Tempestade, Acordador, Gentil, Espelho, Inverno e Sétimo. Ao abrirem o
objeto, descobrem sete múmias. Seriam os sete demônios da inscrição? Segundo o
professor Delvecchio, obviamente que não. Deveriam se tratar de judeus caçados
pela Inquisição, instituição instaurada no Reino de Portugal entre 1521 e 1530
durante o mandato de Dom João III, o Piedoso. Para Delvecchio, aquelas múmias
se tratavam de judeus acusados de bruxaria.
Tudo seguia com bastante empolgação científica até que Eliana
se feriu nas bordas da caixa e deixou sangue escorrer para um dos corpos. Horas
depois os pesquisadores perceberam que o corpo estava se regenerando. Junto a
isso, somou-se o estranho frio repentino que se abateu sobre a cidadezinha, e
em pleno verão.
Com o correr das horas, o corpo foi se regenerando mais e
o “frio do cão”, como diziam alguns moradores, aumentou tanto a ponto de se
tornar mortal. Tiago, de mente mais aberta ao sobrenatural, considerou que
aquele corpo era um bruxo e se trata de Inverno, conforme estava escrito na
caixa. Dito e feito.
Inverno recuperou a plena forma física e despertou. Carregou
consigo um dos corpos, chamando-o de “maldito” e disse que vai voltaria para
buscar seus outros irmãos e a doce menina que o despertou, Eliana. Nessa altura
do campeonato, o Exército já tinha destacado alguns soldados para a localidade,
mas eles não foram suficientes para vencer Inverno. Mortes, terror e um frio
mortal começaram a aterrorizar a pequena cidade.
E isso é apenas o começo do rastro de sangue.
Vampirismo
Português em Terras Brasileiras
Os sete vampiros são portugueses. Em todo o livro são
deixadas pistas da origem deles, até que um pouco depois da metade do enredo Miguel
(Gentil) revela toda a história dos sete malditos para Tiago. Gentil é um vampiro
mais afeiçoado aos humanos, embora também tome sangue e não lute contra seus
outros irmãos. Eles se denominam irmão por terem vivido muito tempo juntos, mas
apenas Miguel e Sétimo são irmãos de sangue.
A
história que Miguel revela para Tiago aborda um reino Portugal medieval com um
povo temeroso às criaturas das trevas, com castelos e caçadores de vampiros. Os
sete vampiros viveram toda uma intriga com muitas mortes e traições e desejam,
com exceção de Miguel, recuperar sua mãe de sangue (Eliana, que despertou o
primeiro dos sete) e voltar para Portugal. Miguel, por sua vez, resolve acordar
o temido Sétimo por meio de Tiago, mas antes, revela ao humano a história dos
sete.
Resumi
essa história ao final do texto. Não creio que contá-la seja tanto um spoiler, pois não revela algo no presente
ou no futuro da trama, apenas põe luz em mistérios do passado. Logo, para quem
ainda não leu o livro, basta ignorar o último tópico deste texto. O resumo
também é útil para quem leu Os Sete caso
queira relembrar alguns pontos da trama antes de dar prosseguimento à leitura
da saga, que continua em mais 5 livros: Sétimo,
O Senhor da Chuva e a trilogia O
Turno da Noite.
Os
Vampiros de Os Sete
Para
alegria dos inconformados com os vampiros da Saga Crepúsculo, Vianco nos
apresenta vampiros diferentes. Segundo o próprio autor, no Nerdcast 379 – Literatura Fantástica Brasileira, os vampiros de Os Sete são vampiros clássicos, até
estereotipados. Eles temem a luz do
Sol, alho, estaca, têm mais força, velocidade, inteligência e resistência que
os humanos. Só não têm medo de crucifixos.
Justamente
pelo passado, personalidades e modos de falar, os vampiros são os personagens
mais carismáticos da trama, por mais violentos que sejam. Em alguns momentos
não matam, em outros matam devido à sede por sangue e em outros momentos por
pura maldade, mas de fato, são os personagens que mais chamam atenção na
leitura. Os personagens humanos são coadjuvantes em boa parte da trama.
Muitos
capítulos narram a busca de Guilherme (Inverno) e Manuel (Acordador) aos seus
irmãos, e essa parte é muito, mas muito divertida porque os vampiros vão
conhecendo por si mesmos o mundo moderno no Brasil. Deparam-se com um
helicóptero e o chamam de “inseto de ferro voador que cospe luz”. Chamam um
trem de “serpente de ferro” e por aí vai. Assustam-se bastante com inventos da
modernidade como carro, luz elétrica, geladeira, edifícios, rádio, dentre
outros. Isso, mais o sotaque lusitano com expressões como “pitéu, ó gajo, ô brasileiro, ó pá e cara de bacalhau” dão um ar hilário para as criaturas sem alma. O
tom que se tem é que estamos assistindo a um daqueles bons e velhos filmes de
aventura da Sessão da Tarde em que monstros saem andando por aí. Os
ingredientes ação, comédia, terror e horror estão na medida certa em Os Sete.
Aspectos
Literários e Ficcionais
O
narrador de Os Sete é onisciente e
seu foco ou pessoa narrativa é a terceira pessoa do singular, com traços de
impessoalidade e pessoalidade, às vezes esbarrando no discurso indireto livre, quando
a fala do narrador se mistura às falas dos personagens ou quando o narrador
relata usando os pensamentos e vocabulários próprios dos personagens.
O
tom da narrativa é rápido e direto, mas com pitadas de poesia macabra, assim
digamos. A trama de Vianco é bastante visual e com muita ação. É um thriller. Os personagens humanos precisam
descobrir a verdade por trás de mistérios e fatos enquanto tentam sobreviver a
ataques fatais contra suas vidas. Quem curte um bom suspense tem um prato cheio
disso em Os Sete.
Como
já mencionado, a narrativa tem momentos violentos, sombrios e engraçados, mas
sempre com naturalidade e com equilíbrio. Porém, faço “vista grossa” à questão
do ponto de vista, a perspectiva na qual a estória é contada. O tratamento dado
ao ponto de vista é inconsistente, pois esse salta de um personagem para outro
muito rápido e sem uma organização muito bem definida. Mas em termos
literários, um ponto alto de Os Sete são
os diálogos.
Os
diálogos do romance Vianco reproduzem na medida do possível a linguagem
cotidiana brasileira. Além de retratar bem a fala portuguesa por meio de seus
vampiros. Tal aspecto contribui para a verossimilhança da obra e caracterização
dos personagens.
Elogio a trama em sua forma geral, mas ao meu ver
ela possui algumas “pontas soltas”.
A primeira é sobre a história dos mortos vivos. Ainda no
começo da narrativa, Manuel (Acordador) ressuscita cinco defuntos e um capítulo
é dedicado à história de três deles. Porém, são histórias cujas conclusões não
mostradas posteriormente e que pouco contribuem para o andamento do enredo. Esses
zumbis deveriam ser mais aproveitados ou menos aproveitados, não o tratamento
de meio-termo dado a eles. Dois aparecem no final, sendo bastante úteis à
trama, mas apenas dois dos cinco.
E por falar em aproveitamento de personagens, em certo
momento o Exército é auxiliado pelo Padre Alberto Cantor, especialista em
assuntos paranormais e que até trabalhou em um caso envolvendo anjos, conforme
comenta um dos personagens. Todavia, Padre Alberto apenas comenta um pouco,
olha os raios-X das múmias, diz que são vampiros por causa de suas arcadas
dentárias e depois desaparece. Apesar de esbarrar no clichê – um padre
especialista no sobrenatural – Padre Alberto Cantor deveria ter aparecido mais no
enredo. Outro que foi esquecido, da metade para o final do romance, foi o
professor Delvecchio, que apesar das provas em contrário, passa o romance todo
acreditando que os seres sanguinários se tratam de extraterrestres que foram a
Portugal na Idade Média.
Outro furo foi a desimportância que os vampiros deram à
história humana e a Sétimo. Logo após despertar, Guilherme (Inverno) escondeu o
cadáver do maldito em um hotel abandonado de Amarração. Durante a estória, os
cinco vampiros (Guilherme, Manuel, Fernando, Affonso e Baptista) querem apenas
pegar a caravela de volta para Portugal para voltarem ao castelo no Rio D´Ouro e
se vingarem dos descendentes de Tobia, o caçador que os prendeu na caixa de
prata. Miguel é um estudioso do mundo humano e menciona que os seus irmãos têm
o mesmo interesse que ele, mas será que esses cinco vampiros não conseguem
raciocinar que, se a antiga colônia portuguesa, o Brasil, está em outro nível
cultural, Portugal também não estaria? Logo, é bem possível que o antigo
castelo do D´Ouro nem exista mais!
Além disso, os vampiros passam toda a trama temendo
Sétimo, dizendo que ele é mais forte, que irá encontrá-los em qualquer lugar,
etc. Se Sétimo é visto como mais forte, porque no passado, ao voltar do
Inferno, procurou a aliança de Tobia para se vingar dos irmãos? Creio que essa
questão se responda nas demais obras da saga. Outra questão: se Sétimo pode
encontrar todos, porque Guilherme deixou sua múmia no hotel e embarcou na
caravela de volta para Portugal? Um dia alguém poderia encontrar Sétimo. E realmente
encontra...
E o despertar do monstruoso Sétimo é o gancho para o
próximo livro da saga, que leva seu nome, Sétimo.
A trama de Os Sete termina de
forma aberta, indicando todo um universo vianquiano por vir.
Um
Pouco de História
André
Vianco nasceu em 1976 na Grande São Paulo e foi criado em Osasco. Após perder o
emprego, dedicou-se a terminar Os Sete e
depois de muito esforço e dedicação conseguiu ser publicado no final dos anos
1990 e início dos 2000, época de estouro da saga Crepúsculo.
Como
mencionam outros autores como Eduardo Spohr, Raphael Draccon, Leonel Caldela e
Affonso Solano no Nerdcast 370 –
Literatura Fantástica Brasileira – Vianco é uma referência no ramo por ter
conseguido ser publicado em um momento anterior ao boom da Internet e nas
redes sociais no país, elementos que ajudaram outros autores como Eduardo
Spohr.
Vianco conseguiu
começar a construir seu nome como autor numa época em que não era comum no
mercado literário a presença de autores nacionais escrevendo no gênero fantástico,
ainda mais sobre vampiros, tema bastante abordado na literatura. Mas com
criatividade e perseverança ele adaptou de forma empolgante o mito dos
sanguessugas e pôs seu nome na galeria da bem sucedida fase comercial da
literatura fantástica nacional.
Referências
Jovem Nerd (Site Oficial). Nerdcast n° 379: Literatura Fantástica Brasileira. Disponível em http://jovemnerd.com.br/nerdcast/nerdcast-379-literatura-fantastica-brasileira.
Acesso em 08/09/15.
JUNIOR, Benjamin Abdala. Introdução à Análise da Narrativa. São
Paulo: Scipione, 1995.
LODGE, David. A Arte da Ficção. Porto Alegre, RS:
L&PM, 2011.
VIANCO, André. Os Sete. São Paulo: Novo Século, 2001.
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Tópico
Extra: A História dos “Vampiros do D´Ouro”
Miguel
diz para Tiago que, há muitos e muitos anos, “muito antes de Portugal ser
chamado Portugal, quando o Céu e o Inferno entraram em conflito, nós fomos
criados”. (VIANCO, 2003, p. 274). “Eles vieram” numa noite escura e
transformaram muitas pessoas em seres sem alma, em vampiros. As centenas de
novos vampiros, confusos com sua natureza e sentindo-se excluídos dos homens,
criaram uma vila própria, mas como a sede por sangue humano foi inevitável,
atacaram os vilarejos vizinhos. Devido a isso, passaram a ser caçados, e a cada
dia os humanos aprendiam mais sobre aqueles seres sem almas, tornando-se mais
eficientes em suas caçadas, até que certo dia, atacando junto com a luz do Sol,
conseguiram dizimar quase todos os vampiros. 30 dos seres sombrios aproveitaram
a chegada do crepúsculo e fugiram do massacre.
Os 30 passaram a habitar um castelo às margens do Rio
D´Ouro, castelo esse amaldiçoado devido ao fato de todos os seus habitantes e
vizinhos terem morrido de Peste Negra. Lá, os 30 – 22 homens e 8 mulheres
estéreis – viveram da forma mais discreta possível, atacando apenas viajantes
para não chamar a atenção dos humanos que moravam na região, e acolhendo no seu
feudo criminosos e demais excluídos da sociedade que garantiam a segurança do
castelo durante o dia. Em troca, esses humanos poderiam viver tranquilamente e
sem os ataques dos vampiros. Eram os anos de Dom Diniz, rei ocupado com a
consolidação do reino português e desatencioso quanto aos boatos dos “vampiros
do D´Ouro”. Mas essa paz iria acabar.
Quatro
dos 30 vampiros cansaram-se da vida enclausurada e passaram a atacar por prazer
e até retornaram à antiga vila em que moravam em busca de vingança. Eram
Guilherme, Sétimo, Rodolfo e Constança. Todos se consideravam irmãos, mas os
únicos irmãos de sangue e útero eram Miguel e Sétimo. Este ainda era um menino
quando foi transformado em vampiro e se tornou mais poderoso e maléfico que
todos os outros. À medida que passavam os anos, os vampiros se tornavam mais
fortes, mas com Sétimo foi diferente. Sua evolução foi mais rápida. Conseguiu
enxergar no escuro e ter uma velocidade incrível bem mais cedo que os outros.
Sua sede por sangue também era incontida. Tornou-se uma espécie de adolescente
manipulador, ciente de seu poder e temor que inspirava aos demais. Mas até o
“reinado” de Sétimo teria fim.
Sua hegemonia chegaria ao fim quando Dom Afonso IV, o
Bravo, assumiu o trono em 1325. Após vencer conflitos monárquicos internos, o
novo rei voltou sua atenção para os vampiros. Enviou cinco cavaleiros para
exterminá-los, mas esses foram vencidos. Depois, transformou seu general de
confiança Tobia, em um especialista nos Assuntos Negros. Tobia foi um exímio
caçador, formou um exército com o apoio real e infernizou a vida dos 30
vampiros, reduzindo-os a sete: Sétimo, Guilherme, Manuel, Fernando, Affonso,
Baptista e Miguel.
A partir de 1325 todos os descendentes do caçador Tobia
também foram batizados como Tobia (s) e desde pequeno treinados para caçar
vampiros.
A preocupação dos vampiros com Tobia e as
irresponsabilidades sanguinárias de Sétimo eram tamanhas que Guilherme, o mais
forte depois de Sétimo, encontrou uma bruxa e com ela invocou Lúcifer.
Guilherme propôs que o Príncipe das Trevas lhes desse poder suficiente para
vencer o exército de Tobia. O Diabo propôs uma troca: seis incríveis poderes a
seis vampiros em troca de um deles como escravo por 150 anos.
Os vampiros queriam se desfazer de Sétimo. Bastava
convencer seu irmão, Miguel, a fazer a troca. Este se opôs, então os outros
cinco vampiros conspiraram contra os dois irmãos.
Os cinco assassinaram Nathália, moça do feudo por quem
Miguel era apaixonado, e deixaram em suas mãos o crucifixo de ouro de Sétimo,
fazendo Miguel acreditar que o irresponsável irmão matara sua amada.
Enlouquecido de ódio, Miguel decidiu entregar Sétimo. De imediato, Lúcifer apareceu
perante eles aceitando o acordo. Sétimo também surgiu, mas foi arrastado pelo
Diabo paras as profundezas. Os outros seis adquiriram poderosos dons, e também
alcunhas dadas por eles mesmos.
Affonso
tem o dom de se transformar em um gigantesco lobo. Daí sua alcunha: Lobo.
Manuel – Acordador – desperta os mortos ao comando de sua voz. Baptista –
Tempestade – comanda chuvas, trovões e relâmpagos. Fernando – Espelho – pode
transformar sua aparência na de qualquer pessoa que aviste. Guilherme – Inverno
– é um manipulador do frio. E Miguel – Gentil – tem o maior dom de todos, mas
só pode usá-lo uma vez a cada ciclo lunar. Por sorte da humanidade, esse é o
vampiro mais “bonzinho”.
Os
150 anos passaram e Sétimo retorna do Inferno no século XV português. Porém, o
vampiro volta ainda mais forte, com aparência monstruosa, podendo voar e até
andar de dia. Muitos detalhes não são revelados, apenas que Sétimo se alia a
Tobia – um descendente do Tobia original - para vencer de vez seus seis irmãos
e Tobia o trai, encarcerando todos os sete vampiros em uma caixa de prata. Talvez
nas próximas obras da saga mais detalhes da prisão dos sete sejam revelados. A
caixa é então levada em uma caravela até a Ilha de Vera Cruz – atual Brasil -,
para onde levavam os criminosos. Lá, a caravela é afundada com um tiro de
canhão e os setes vampiros ficam por mais de quatrocentos anos nas profundezas
do mar brasileiro.
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