108 Minutos
Por Thiago Damasceno
Saudações,
caras amigas leitoras e caros amigos leitores que há quase três meses não leem
nada deste aspirante a escritor!
Pois é, sumi de novo – pra variar –
mas isso não está relacionado a nenhuma abdução alienígena, sobrevivência a
queda de avião numa ilha misteriosa ou sequer a uma viagem ao Tibete em busca
de iluminação espiritual. Meu sumiço está diretamene relacionado à aprovação em
primeiro lugar em um concurso público federal e à mudança de cidade e suas
consequências. Foi tudo meio rápido e impactante, que nem a goleada dos
germanos sobre nossa seleção canarinho.
No meio
disso tudo, minha necessidade de exibição via Internet estava em baixa mas agora ela vem voltando (Polêmica!). E
a necessidade de escrever estava me dando azia, pois precisava escrever pra digerir
as mudanças e precisava digerir as mudanças pra escrever.
Vamos
agora aos negócios...
Neste
texto, quero falar sobre um tema que vem “perturbando
o meu viver”, como diria qualquer canção romântica de pagode: os acasos e imprevistos
da existência.
O tema
parece bobo, mas um dia me dei conta de que por vezes podemos esquecer o quanto
o acaso tem influências em nossos planos e rumos “traçados”. Pensamos em um
projeto há curto, médio ou longo prazo e corremos atrás. Quando damos por nós,
estamos em uma coisa totalmente diferente ou parecida. “Parecida” pra quem
realmente mantém um ritmo constante no seu plano. Óbvio que nem tudo acontece
como o planejado, mas eventos derivados do seguimento do plano e coisas
imprevistas acontecem o tempo todo e mudam o rumo das coisas. E muitas vezes
nem nos damos conta disso e nos adaptamos a nova realidade, às vezes nem tão
esperada assim. É como se você tivesse a ideia de atravessar o Mar Vermelho a nado
e depois de muitos acasos e imprevistos, acaba atravessando o Saara a pé.
Para
visualizarmos melhor a coisa, melhor ir pra ficcção. Cito então o caso do
personagem Desmond David Hume, do famoso seriado Lost, um dos meus preferidos.
Desmond
era um sujeito “comum”, sobrevivendo entre um emprego aqui e acolá até que se
apaixonou por Penelópe Widmore, filha de um empresário milionário, e isso gerou
o início da guinada de sua vida. Rejeitado pelo pai de Penelópe, e após uma
conturbada convivência com a namorada, Desmond decide mostrar ao Sr. Widmore
ser merecedor de sua filha, então parte para uma volta ao mundo em um veleiro,
e sozinho.
Desmond
treina, arruma um veleiro e vai na sua volta ao mundo. Acaba naufragando em uma
tempestade e acorda numa ilha. Um homem misterioso o leva para uma escotilha no
subsulo da selva. Lá, Desmond aprende que a ilha é misteriosa e que ele deve
digitar um código em um computador anos 70 a cada 108 minutos. O código é 4 – 8
- 15 – 16 – 23 – 42. Se o código não for digitado, o mundo pode acabar.
No
decorrer da trama parece que esse lance de fim do mundo é tudo besteira... Mas
é um pouco de verdade. E como se tudo isso não bastasse, a consciência de Desmond
ainda adquire a capacidade de viajar pelo tempo, tornando-o um cidadão mais e
mais confuso.
Pois
bem, a vida do pobre Desmond virou de cabeça pra baixo. Saiu completamente dos
planos.
Até o
próximo post!
4 – 8 – 15 -16 – 23 - 42
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