ThiagoDamasceno: janeiro 2011

domingo, 30 de janeiro de 2011

Serviço De Utilidade Pública

As 10 Piores Cantadas Que Podem Ser ( E São) Dirigidas Às Mulheres
Por Orlean´s Silva, Luciano Noleto & Thiago Damasceno                                                             
Texto de Thiago Damasceno
        
         Juntando fatias da realidade amorosa com pitadas de flerte e temperos de bom humor, listamos as 10 piores cantadas(e por que não, engraçadas?) que um indivíduo do sexo masculino pode dirigir a um indivíduo do sexo feminino em qualquer ambiente social. A lista é ideal para os adeptos das cantadas, mas os não adeptos não perderão nada lendo-a. São essas as “presepadas”:

01 – A gente se conhece de algum lugar?
02 – Você vem sempre aqui ou justamente hoje o Destino resolveu cruzar nosso caminhos?
03 – Ei... Você sabia que eu sou teu admirador secreto?
04 – E esse cheiro de tinta? Acho que tá pintando um clima...
05 – Anjo, você se machucou quando caiu do céu?
06 – Você toma leite no prato? Porque você é uma gatinha...
07 – Teu pai é o rei da Inglaterra? Porque você é uma princesa!
08 – Você tem uma colher? Porque estou te dando sopa...
09 – Faça sexo com segurança! Prazer, Segurança.
10 – Eu voto em você para a mulher mais bonita desta festa!

sábado, 22 de janeiro de 2011

Música

Só Pro Meu Prazer
(Leoni)

Não fala nada, deixa tudo assim por mim
Eu não me importo se nós não somos bem assim
É tudo real nas minhas mentiras
E assim não faz mal, e assim não me faz mal não!

Não venha agora com essas insinuações
Dos seus defeitos ou de algum medo normal
Será que você não é nada que eu penso?!
Também se não for, não me faz mal, não me faz mal não!

Noite e dia se completam no nosso amor e ódio eterno
Eu te imagino, eu te conserto, eu faço a cena que eu quiser
Tiro a roupa pra você, minha maior ficção de amor
E eu te recriei, só pro meu prazer...

Texto de Thiago Damasceno

        Em 1986, Leoni deixou o Kid Abelha e fundou um novo grupo musical, os Heróis da Resistência, que lançou seu primeiro álbum naquele mesmo ano pela gravadora WEA. O baixista, letrista, cantor e compositor, enfim, um “artesão pop como poucos”, como diria o jornalista Arthur Dapieve, continuou a mostrar sua competência artística no novo grupo, participando da composição de excelentes canções como “Esse outro mundo”, “Dublê de corpo”, “Silêncio”, “O fim da estrada”, “Diga não”, etc. Inclui-se nesse rol a famosa e citada no presente texto, “Só Pro Meu Prazer”, regravada por Bruno & Marrone, por exemplo, e por um grupo de pagode cujo nome eu não lembro. E é muito provável que ela também tenha sido regravada por outros músicos, tanto dentro do gênero rock como fora dele, já que muita gente pensa que ela foi composta por quem de repente a executa ou a interpreta. Geralmente não se sabe que ela foi feita pelo Leoni.
        Só Pro Meu Prazer carrega consigo uma característica também vista na literatura: é uma obra mais famosa que o criador.
        Interpreto-a como uma canção que fala sobre o “amor e ódio eterno de um casal. A relação se destrói, mas como os amantes se amam, essa mesma relação se reconstrói: “e eu te recriei só pro meu prazer”. Essa recriação é dotada de imaginação criativa, é dotada de arte, como num filme: “eu te imagino, eu te conserto, eu faço a cena que eu quiser”. Assim, as fantasias do casal se realizam: “tiro a roupa pra você, minha maior ficção de amor”. Essas recriações podem ser mentiras, porque serão destruídas novamente, mas mesmo assim “é tudo real nas minhas mentiras”. Eles sabem que a destruição é mentira, é falsa porque será recriada posteriormente. Esse trecho é tão lírico e polissêmico que eu dispenso meus demais comentários, que correm o risco de serem paupérrimos perante tal letra.
        Apesar dos desentendimentos, os amantes sempre voltam, não importa como, já que “eu não me importo se nós não somos bem assim” e “será que você não é nada que eu penso? Também se não for, não me faz mal, não me faz mal não!” Ou seja, se não houver volta, haverá um mal maior que a futura destruição da relação, que novamente será reconstruída, um ciclo, tudo isso “só pro meu prazer”, ciclo que também levará prazer à parceira(o).
        Seguindo o exemplo de Bem Que Se Quis, gravei Só Pro Meu Prazer com o playback do http://www.mundodosplaybacks.net.   Logo abaixo está o link da minha gravação. Aproveito para agradecer os downloads de Bem Que Se Quis e para avisar que gravarei mais canções com e sem playbacks. Boa audição!

http://www.4shared.com/audio/IRe08l73/02_-_S_Pro_Meu_Prazer.html

sábado, 15 de janeiro de 2011

Crônica (Escrita No Dia 02/01/11)

         Primeiramente quero agradecer os acessos ao Etc... Quero agradecer os usuários brasileiros e os usuários internacionais dos Estados Unidos, Canadá, Portugal, Paraguai, Argentina, Alemanha, Croácia e Rússia. Foi uma surpresa abrir a seção “estatísticas” do servidor e saber que este blog rompeu as fronteiras verde-amarelas e pouco a pouco ajuda seus colaboradores a se tornarem cidadãos do mundo.

Crônica (Escrita no dia 02/01/11)
Batendo Na Porta Do Céu
Ou
Escada Para O Paraíso
Por Thiago Damasceno
          Esta é a primeira crônica de 2011. Caso eu não morra, não tenha dificuldades para ler, escrever, conversar ou não seja dominado por uma paixão inédita e avassaladora, mais crônicas virão neste ano.
         Passadas as aparentes euforia, otimismo/pessimismo do fim de ano, resolvi pedalar pelas ruas de Carolina-MA ao cair da tarde, como nos velhos tempos. Não é exatamente uma prova de atletismo, pois a cidade é pequena. Pedalei, pedalei e pedalei e fui parar no colégio que estudei do Jardim de Infância à 8ª série, atual 9º ano: o Instituto Batista de Carolina. O que me atraiu foi um jogo de futsal que acontecia na quadra. Até aquele momento eu não pensava em visitar meu antigo colégio. Andei pelos seus corredores e fiquei parado por um tempo, pensando. Lembrei que tinha vivido dias de derrota e dias de glória como atleta e como estudante naquela instituição. Lembranças boas ou ruins, não importa, todas são histórias para se contar. Assim são ou deveriam ser todas as lembranças e tudo que se vive: histórias para se contar.
         Saí satisfeito do Instituto Batista. Eu pedalava ouvindo no meu MP3 Knocking On The Heaven´s Door do Bob Dylan. Há dias tenho saudade do passado, talvez porque ele traga segurança e tranquilidade ao ser lembrado, pois como ele já aconteceu, temos total controle sobre ele. De certo todos nós, quando lembramos o passado, estamos “Batendo Na Porta Do Céu”, aquele lugar de paz, conforto e descanso. Mas no caso do passado, depende das lembranças. Acho que lembramos as coisas boas na maioria das vezes. Nossa Thiago! Como você está saudosista! Eu sei, seu sei. Ultimamente tenho andado meio saudosista.
         Rabisquei esta crônica no meu caderno de letras de música porque estava sem PC. Rabisquei-a ao som de Stairway To Heaven do Led Zeppelin, que pode ser traduzida como “Escada Para O Paraíso”. Coincidência curiosa entre essas duas canções e meu atual estado emocional.
         2011 chegou com tudo e como todos os outros anos veio com um brinde: esperanças de melhorias, ou seja, ainda buscamos um paraíso. Ele virá? Ainda não sei a resposta, muitos menos se podemos bater à sua porta ou subir a sua escada.
         Ultimamente quero agradecer os acessos ao Etc... Quero agradecer os usuários brasileiros e os usuários internacionais dos Estados Unidos, Canadá, Portugal, Paraguai, Argentina, Alemanha, Croácia e Rússia. Foi uma surpresa abrir a seção “estatísticas” do servidor e saber que este blog rompeu as fronteiras verde-amarelas e pouco a pouco ajuda seus colaboradores a se tornarem cidadãos do mundo.
         Ultimamente também tenho andado meio saudosista.
  

sábado, 8 de janeiro de 2011

Diário I

Um Dia Como Hoje I

O Diário De Uma Banda Chamada Cidade Muda

Por Thiago Damasceno
Texto escrito no Sábado, 08 De Janeiro de 2011

        Como eu havia explicado na postagem de 29 de Dezembro de 2010 designada Música: Cidade Muda, fiz uma banda chamada Cidade Muda com alguns amigos para tocarmos nos bares de Carolina-MA. De quinta-feira para sexta-feira tocamos em um bar chamado Massas & Cia. Este relato menciona os fatos e reflexões mais importantes dos dias em que tocamos. Um relato sobre amizade, música, amor, vontade e infelizmente, violência. Este diário tem 4 páginas, caso seja mais cômodo para alguns leitores, coloquei o link do texto em formato pdf para download. Boa leitura!
       

“Tudo que aconteceu foi fantástico demais para não ser contado”.
(Jack Kerouac, escritor beat norte-americano)

Quinta-Feira, 06 De Janeiro De 2011

        Acordei sabendo que teria muitas coisas para fazer. A banda era e ainda é: eu (voz e violão), Heitor Lopes (voz, violão, gaita e percussão), Luciano Noleto (voz, percussão) e Orlean´s Silva (violão, guitarra). Já havíamos avisado aos amigos por orkut e de boca em boca que tocaríamos quinta-feira no Massas & Cia. O problema era que ainda não tínhamos conseguido a licença policial para o evento. Fui com Bruno Vinícius, da banda Blackout, camarada de vários anos, à delegacia na tarde de quarta-feira e... Nada! O delegado dava licença para todos os dias da semana, menos na bendita quinta-feira. A velha sorte nos acompanhando... Precisaríamos falar com ele pessoalmente. Fomos novamente à delegacia na manhã de quinta-feira e só conseguimos falar com ele via celular. O engraçado é que no caminho passamos pelo Fórum e ao chegarmos à delegacia, nos disseram que ele estava no Fórum, por isso falamos com ele via celular. Mas para ser mais direto, foi Bruno quem falou com ele, porque já o conhecia. Com a ajuda de Bruno e de mais R$ 40,00 conseguimos tirar a licença. Ela ficou no meu nome, mas perguntei para o funcionário que a fez se eu levaria a culpa de alguma coisa em casos extremos (homicídio, por exemplo). A resposta foi não. Eu estava protegido legalmente contra tais pesos. Menos mal.
        Vale ressaltar que o nome Cidade muda foi criado por Orlean´s Silva. O nome ficou polissêmico, pois pode criticar o silêncio da população frente aos problemas político-sociais, como o atraso de entrega de obras públicas e carências no Hospital Municipal. O nome também pode ser um apelo: Cidade, muda! Ou uma coisa menos séria e até engraçada, que pode ser vista em outra grafia: Se idade muda. Polissemia, polissemia.
        Com a licença tirada, eu e Bruno nos dirigimos para a Rádio Renascer, dirigida pelo conhecido Sales. Eu iria apenas avisá-lo para fazer o anúncio na Rádio, conforme combinei com José, dono do Massas & Cia, mas para minha surpresa Sales me entrevistou ao vivo. Falei sobre os integrantes (quem era filho de quem, para cidades pequenas esses dados são fundamentais), de onde eu tinha vindo (Goiânia), quando surgiu a idéia da banda, repertório (rock nacional dos anos 80 e 90, MPB). Essa banda surgiu para tocar um som mais acústico nos bares. Eu e Heitor tocamos na Blackout e Luciano e Orlean´s são da Blackout, então algumas pessoas pensam que a Cidade Muda é a Blackout. É e não é. Por mais que seja sempre o mesmo grupo de amigos tocando juntos, preferimos dizer que a Cidade Muda é um projeto paralelo à Blackout, que sempre teve um som elétrico. Expliquei tudo isso na Rádio, durante a entrevista, com minha voz arnaldiana (referente à Arnaldo Antunes, ex-vocalista dos Titãs). Depois fui com Sales gravar um anúncio com uma voz de locutor estilo Lombardi. Foi divertido. Sales sugeriu que eu vendesse minha voz para alguns estúdios. Farei isso quando voltar à Goiânia/Anápolis.
        Isso tudo aconteceu pela manhã. Pela tarde fomos à casa de Heitor para o último ensaio. Uns toques aqui e ali, só para deixar tudo mais ou menos pronto, lista do repertório e tal. Nos encontramos por volta das 19 e 30 da noite no Massas & Cia e arrumamos o som. Sempre com a ajuda de amigos, seja com empréstimo de caixas ou instrumentos. São eles: Bruno, Jarlony, Gabriel, Gleidson e o popular Seu Bola, que nos emprestou uma caixa amplificadora.
        Enquanto passávamos o som, o público ia chegando e devido à complicações sonoras, começamos um pouco atrasados. Era para começarmos às 20 horas, mas começamos às 21. Essas coisas acontecem...
        Começamos um pouco nervosos, errando algumas músicas, com o som nos deixando na mão às vezes, mas por volta da 6ª canção e daí em diante, o negócio funcionou bem, tão bem que entre 23 e 24 horas, o bar estava lotado. O público tomou a rua. Era gente na calçada do bar, na calçada da Igreja Batista (logo ao lado), em pé, sentado na calçada, gente se gentando de várias formas. Anunciamos o evento na Rádio Renascer, por orkut e num carro de som. Eu esperava aquela quantidade de pessoas mesmo, mas não me impressionei, apenas fiquei impressionado. Deu pra entender?! O contigente era de 150 a 200 indivíduos.


         Foi legal. O negócio fluiu, rendeu, foi gostoso, divertido. Tocamos nossas próprias canções, como Qualquer Tempo, Janela e Veraneio. Também interpretei dois poemas entre algumas canções: O Bicho, de Manuel Bandeira e Cidadezinha Qualquer, de Carlos Drummond de Andrade. Só faltaram as piadas que eu havia combinado com Luciano, mas o clima não estava muito bom para piadas.
        Tocamos até uma da manhã. Arrumamos as coisas, comemos sanduíches com a boa e velha coca-cola, recebemos o pagamento e decidimos ir embora. E o que fazer com as caixas de som àquela hora da madrugada? Eu disse para Luciano:

-Deixa aqui no bar e amanhã a gente pega.

-Não, a gente leva lá pra casa na mão mesmo.
      
          E foi assim. Levamos as coisas nas mãos, a pé. Uma boa caminhada noturna para fazer a digestão e acordar o sono. Depois de deixar os instrumentos na casa de Luciano, fomos andar pela cidade. Paramos na chamada praça da prefeitura, cujo nome verdadeiro é de um ilustre desconhecido, como na maioria das praças do Brasil. A praça da prefeitura é praça mais cara e chique da história de Carolina. Ficamos por lá conversando, rindo feito loucos e explorando os segredos do notebook de nosso amigo Jarlony. A turma era eu, Jarlony, Gabriel, Bruno, Luciano e Orlean´s. Nos separamos por volta das 3 da manhã. Segui meu caminho para casa, Jarlony seguiu o seu e os outros 4 seguiram outro caminho. Logo que cheguei em casa capotei na cama sem ao menos sonhar com a surpresa que me esperava no dia seguinte.


 Sexta-Feira, 07 De Janeiro De 2011

       Como quase todos os dias, acordei na casa da minha avó por volta das 07 e 30. Peguei meu celular. Havia duas chamadas não atendidas e uma mensagem. Eu pensei: “Quem será”? Poderia ser uma fã ensandecida e apaixonada, um produtor musical, um caça talentos, um dono de outro bar, algum amigo, um parabéns pelo show, enfim... Uma notícia boa. Quem dera... Quem dera.... Ao invés disso, a mensagem no celular informava de forma clara:

“Thiago, o bar acabou de ser assaltado! Liga pro Bruno agora”!
      
        Eu não tinha o número do celular que enviou essa nota na minha agenda, mas depois descobri que era de Gabriel. A mensagem foi mandada às 3 e 52 da manhã, horário aproximado do assalto.  Como o celular estava no silencioso, não vi a mensagem de madrugada. Pensei e pensei sobre aquilo enquanto me arrumava para ir trabalhar na Drogaria Diofarma. Me revoltei. José tinha nos dado oportunidade, incentivado nossa arte, trabalhado honestamente para no final da história sofrer um assalto. Enquanto eu estava trabalhando e andando nas ruas pela manhã, algumas pessoas comentavam o ocorrido comigo. Elogiavam o show e lamentavam o assalto. Bruno foi à Diofarma para conversar e minutos depois Heitor apareceu. Como acontece muitas vezes, nosso multi-instrumentista foi o último a saber do caminho da roda história. Eu e Bruno lhe passamos as informações, alimentados por sua cara de espanto.
      À tarde, eu, Gabriel e Heitor fomos conversar com José na sua casa. Nessa conversa tivemos informações mais sólidas. Os dois assaltantes eram menores e estavam com os rostos cobertos. Um deles usava metralhadora. Eles renderam os clientes, que ocupavam duas mesas e mandaram todos colocarem os rostos no chão. Também apontaram um revólver na cabeça de uma menina. Perguntaram onde estava o dinheiro e o levaram. Levaram todo o dinheiro da noite! Não seria ético se eu mencionasse a quantidade, é meu diário, mas estou tornando-o público. Os assaltantes também levaram quase todos os celulares, um capacete de uma cliente e uma moto de uma funcionária, mas mais tarde, deixaram a moto perto de um bairro chamado Princesa Isabel, próximo à casa de Luciano, e vale lembrar que alguns minutos atrás estávamos na porta da casa dele. Isso tudo me fez lembrar alguns versos de Baader-Meinhof Blues, da Legião Urbana:

A violência é tão fascinante
E nossas vidas são tão normais

Nossas vidas são tão normais que quando a turma que estava na praça da prefeitura se separou, os quatro andarilhos noturnos remanescentes: Bruno, Luciano, Gabriel e Orlean´s passaram perto do Massas & Cia e pensaram em tomar mais uma boa e velha coca-cola, mas dobraram uma esquina para irem embora. Minutos depois, um motoqueiro passou por eles e avisou-os que o bar havia sido assaltado. Eles foram até lá e viram as lágrimas que rolaram após a tragédia. Luciano se revoltou e pixou em alguns muros: “Segurança pública já! Queremos igualdade social!” e por aí vai...
        Eu ou mais alguém da banda poderia ter ficado no bar até mais tarde e ter presenciado o assalto ou alguém que presenciou poderia ter morrido. Nossas vidas são tão normais, tão frágeis... Algumas horas e minutos nos pouparam do perigo certo, pena que não pouparam outros. Os assaltantes estavam nervosos e poderiam atirar em qualquer um. Depois do assalto a polícia chegou ao Massas & Cia e um dos policiais ainda soltou um piada, dizendo que os garotos não iriam atirar. Faz-me rir, faz-me rir.... Garotos nervosos com armas, que sabem que fazem algo errado, podem atirar com toda certeza. Ninguém saiu fisicamente ferido, mas o que se passa agora pela cabeça das vítimas? Só quem sofreu sabe. 
       Foi assim que acabou uma história que começou com música e paz. Foi assim que acabou uma história, não o livro todo, pois talvez tocaremos em breve no mesmo bar ou em outro bar e a história seja diferente. Para o próximo evento, só espero que a sorte sorria para todos os envolvidos, já que somos apenas jovens querendo causar um movimento devido à falta de movimento. O ruim são as reações ruins que tais movimentos podem causar.
       Chamei os relatos de Um Dia Como Hoje porque cada dia é único, seja com lágrimas ou sorrisos. Cada dia só se iguala a si mesmo, por isso, Um Dia Como Hoje. Esse também é o título de uma canção do Ira!

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Canção De Ano Novo Atrasada

Texto de Thiago Damasceno
Em Paz

         Gravei essa canção ontem à noite com meu velho novo amigo Heitor Lopes (gaita). Ela é de Humberto Gessinger, vocalista e compositor principal do Engenheiros do Hawaii e fala sobre Ano Novo. Gravamos alguns dias atrasados, seria melhor postá-la antes de 2011, mas decidi publicá-la hoje porque ainda estamos naquele clima de Ano Novo, sabe? Aquele clima carregado de esperança, felicidade, sensação de tarefas cumpridas e outras por fazer, por mais que se diga não, por menos que se diga sim. Feliz Ano Novo para todos!


Em Paz
(Humberto Gessinger)


Há quem faça contas
Há quem vá as compras
Quando mais um ano chega ao fim
Hora de escrever cartões
Hora de rever os planos
Mais um ano chega ao fim
Que venha em paz
O ano que vem
Que venha em paz
O que o futuro trouxer


Cai  neve na vitrine
E a gente derrete ao sol
Nesse natal tropical
Os cachorros da vizinhança vão latir
Sob fogos de artifício
Pensarão que é o fim
Mas será só o início
Que venha em paz
O ano que vem
Que venha em paz
O que o futuro trouxer


Há quem ignore o calendário
Há quem fique de olho no horário
Quando mais um ano chega ao fim
Que venha em paz
O ano que vem
Que venha em paz
O que o futuro trouxer